O Martelo, a Lima, e a Fornalha
Foi o arrebatado Rutherford que disse no
meio de provações muito dolorosas e sofrimentos: Louve a Deus pelo martelo, pela lima, e pela fornalha!
Pensemos a esse respeito. O Martelo é um
instrumento útil e manejável. É uma ferramenta essencial e útil, se for preciso
bater um prego. Cada golpe força o prego a aprofundar-se mais à medida que a cabeça
do martelo bate e bate.
Mas se o prego tivesse sentimentos e
inteligência, ele nos daria outra versão da história. Para o prego, o martelo é
um senhor brutal e implacável – um inimigo que gosta de surrar até a submissão.
Essa é a opinião que o prego tem do martelo. É correta. Exceto quanto a uma
coisa. O prego tende a esquecer-se de que tanto ele como o martelo são seguros
pelo mesmo trabalhador. O trabalhador decide a “cabeça” de quem ele baterá até desaparecer de
vista... e qual o martelo que será usado para fazer o serviço.
Esta decisão é direito soberano do
carpinteiro.
A mesma analogia vale para o metal que
resiste à raspagem da lima e ao sopro da fornalha. Se o metal se esquecer de
que ele e as ferramentas são objetos do cuidado do mesmo artesão, ele
desenvolverá ódio e ressentimento. O metal deve ter em mente que o artífice
sabe o que está fazendo... e está fazendo o que é melhor.
Os sofrimentos e os despontamentos são
como o martelo, a lima e a fornalha. Eles são apresentados em todos os formatos
e tamanhos: um romance irrealizado, uma enfermidade prolongada, uma morte
prematura, um alvo não atingido, um lar ou um casamento desfeitos, uma amizade
cortada, um filho rebelde e obstinado, a perda de um ano escolar, uma depressão
que simplesmente não vai embora, um hábito que não parece quebrar. Alguns
sofrimentos vêm repentinamente... doutras vezes aparecem com o decorrer de
muitos meses, vagarosamente como a erosão da terra.
Escrevo a um “prego” que começou a
ressentir-se dos golpes do martelo? Está você à beira do desespero, pensando
que não pode suportar outro dia de sofrimento? É isso que o abate?
Por difícil que lhe pareça crer nisto hoje,
o Mestre sabe o que está fazendo. Seu Salvador conhece seu ponto de ruptura. O
processo de amoldar, de esmagar e de fundir destina-se a remodelá-lo, e não arruiná-lo. Seu valor está
aumentando quanto mais ele se demora em você. A mão de Deus está no seu
sofrimento. Sim, ela está.
Se você não fosse importante, pensa que
ele tomaria este tempo e trabalharia duro em sua vida? Aqueles a quem Deus usa mais
efetivamente foram martelados, limados e temperados na forja das provações e
dos pesares.
Charles R. Swindoll, 1982
Fraternalmente em Cristo, o Mestre Amigo,
Missionária Mary Ane
Eis-me aqui,
Senhor!
Envia-me a mim!
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